Resumen:
A concentração de pessoas em áreas urbanas densamente povoadas sinaliza para a utilização de sistemas de monitoramento como o sensoriamento remoto. Tais sistemas, juntamente com ferramentas de análise espacial, como Sistemas de Informação Geográfica – (SIG), permitem a mensuração e monitoramento da superfície impermeabilizada num nível detalhado, auxiliando o planejamento territorial. No presente estudo, a superfície impermeabilizada da cidade de São Carlos, SP, foi avaliada por um período de 44 anos através de fotografias aéreas e imagens dos satélites LANDSAT 5 e Alos, que apontaram um avanço da mancha urbana sobre os mananciais do rio Monjolinho e ribeirão do Feijão. Aliado a rápida taxa de urbanização, o uso intensivo do solo por atividades relacionadas ao agronegócio e a disposição inadequada de resíduos sólidos determinam a má qualidade da água desses mananciais. Análises de regressão linear foram utilizadas para a elaboração de modelos matemáticos que permitiram a predição do crescimento populacional e da superfície impermeabilizada futura. As estimativas obtidas para o ano de 2050 comparada com a situação encontrada em 2006, são de uma população de aproximadamente 382.385 habitantes (+76,8%), e uma superfície impermeabilizada de 143,1 Km2 (+93,6%). Este resultado sugere que a densidade populacional continuará diminuindo indicando dispersão do tecido urbano e consumo de área além do necessário por conta do desenvolvimento de novas áreas, aumentando a pressão sobre os mananciais de agua superficial e subterrânea. Finalmente, variáveis ambientais como topografia, geologia, pedologia, hidrografia, infraestrutura, uso e cobertura do solo, crescimento populacional e urbano, qualidade ambiental dos mananciais e o uso de recursos hídricos foram analisadas de maneira integrada, a fim de praticar o planejamento territorial do município, diagnosticando a situação atual (2006) e alternativas futuras, via Plano Diretor.