Resumo:
A geração elétrica através de sistemas fotovoltaicos tem experimentado um enorme crescimento no Brasil. Enquadradas no conceito de micro geração descentralizada, no período de 2012 a 2019 o número de instalações conectadas à rede elétrica cresceu de quatorze para mais de cinquenta e nove mil, revelando o grande potencial do país e do setor. Este movimento de inserção da energia solar na matriz energética brasileira se mostra promissor através da geração distribuída, incentivada pela Resolução Normativa nº 482 da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), publicada em 2012 e posteriormente alterada pela Resolução Normativa ANEEL 687/2015, estabelecendo as condições gerais para micro e mini geração distribuída no país. Comparado aos países líderes em capacidade instalada de geração distribuída fotovoltaica urbana, o Brasil possui enorme potencial, por apresentar significativa incidência solar e por suas tarifas de energia elétrica estarem em constante reajuste. Desde 2012, diversos incentivos e mudanças no aspecto regulatório possibilitaram o crescimento deste mercado no país, onde cidades de diferentes portes apresentam comportamentos diferenciados de mercado, refletindo em diferentes prazos para sua popularização. Neste contexto, o presente estudo visa determinar a atratividade dos sistemas fotovoltaico em cidades de pequeno e médio portes ao analisar a predisposição da população em adquirir o sistema de micro geração distribuída através de questionário do tipo Escala Likert e comparar o crescimento do mercado fotovoltaico de Itajubá, um município de pequeno porte, à outras cidades do Sul de Minas, através de indicadores socioeconômicos. O presente trabalho demonstrou que a atratividade dos sistemas fotovoltaicos em cidades de pequenos e médios portes é significativa e que existe conhecimento e pré-disposição da população para aquisição dos sistemas.
