Resumo:
Nos últimos dois anos houve um crescimento exponencial no uso de sistemas distribuídos, sobretudo fotovoltaicos no país, que se interligam a rede de distribuição através de inversores, geralmente com fator de potência unitário. Este crescimento por um lado é interessante, pois diversifica a matriz energética, diminui a dependência das grandes usinas hidrelétricas e cria novos campos de emprego no setor. Porém, também gera algumas incertezas e preocupações de natureza social e técnica. Dentro deste contexto esta dissertação busca apresentar os impactos que a geração distribuída pode acarretar a todos os envolvidos no sistema elétrico. Do lado social é realizada uma breve reflexão dos impactos deste tipo de geração e da rede inteligente do futuro; do lado técnico, são apresentados os principais problemas relatados na literatura devido à alta inserção de sistemas distribuídos fotovoltaicos, tais como: problemas de sobretensão, desequilíbrios de tensão, fator de potência e harmônicos. Para solucionar alguns destes problemas a proposta desta dissertação é o uso de inversores inteligentes que atuam na regulação de grandezas elétricas e assim, minimizam os impactos na rede de distribuição. São descritas algumas funções inteligentes e a que elas se destinam. A fim de avaliar os impactos da geração distribuída na rede de distribuição e atuação dos inversores inteligentes, são realizadas simulações em um sistema teste, através do software OpenDSS, específico para este tipo de estudo. São apresentados, comparados e discutidos alguns resultados em três cenários: quando não há inserção de geração distribuída fotovoltaica, com inserção de geração distribuída e por fim, com inserção das funções inteligentes. Espera-se que os problemas descritos diminuam e haja menor impacto no sistema elétrico e para a sociedade de um modo geral.