Resumo:
O uso de hidrogênio para melhorar o desempenho de motores vem sendo investigado desde o início do século XX. Menor consumo, redução de emissões e melhor desempenho são alcançados quando da adição de pequenos volumes de hidrogênio no
processo de combustão. Porém, obstáculos relacionados ao seu armazenamento e distribuição limitam as aplicações práticas dessa tecnologia em larga escala, para curto e médio prazos. O objetivo geral do trabalho é estudar técnica e experimentalmente a adição do gás produto de eletrólise (GPE) no processo de combustão, para assim, colaborar no desenvolvimento de tecnologia de transição, capaz de inserir, de forma gradativa, o hidrogênio na matriz energética do setor de transportes. Indicativos de redução de emissões de poluentes para determinadas condições de operação de motores veiculares carburados foram alcançados. Em contrapartida, o ensaio realizado em laboratório demonstrou que, sem qualquer ajuste dos parâmetros de operação de um motor estacionário de grupo gerador gasolina, a adição de GPE em taxas equivalentes à da experiência veicular realizada é ineficaz na melhora de seu desempenho. As análises da literatura e das experimentações realizadas indicam que operações com atraso do tempo de ignição e aumento da razão de excesso devem ser verificadas a fim de se identificar situações de operação que possam apresentar melhora no desempenho em experimentos reprodutíveis em laboratório. Base de informação teórica e prática foi organizada com intuito de viabilizar réplicas e experimentações futuras.