Resumo:
A presente dissertação trata da questão da evolução da eficiência energética em refrigeradores, tomando como base a participação dos modelos de equipamentos disponíveis no Programa Brasileiro de Etiquetagem - PBE. Para isso, o trabalho procurou avaliar separadamente os refrigeradores de 1 e 2 portas, convencional e frost-free, empregando-se a metodologia utilizada, desde 2003, no PBE. Essa metodologia utiliza como indicador a razão do consumo de energia elétrica em quilowatt-hora do refrigerador, fruto de ensaio em laboratório, e o consumo padrão. A determinação do consumo padrão faz parte de um estudo que considerou uma reta de regressão (do gráfico: volume x kWh) a partir dos modelos disponíveis em 2001, e pode ser considerada como referência (baseline) para os modelos de outros anos, permitindo avaliar a evolução da eficiência. O cálculo do consumo padrão leva em consideração o volume do refrigerador e a temperatura do congelador. Dessa forma, este estudo retrata como se comportou a eficiência energética ano a ano, através do cálculo dos índices médios de eficiência energética dos refrigeradores. Como resultado principal, observou-se uma melhoria expressiva na eficiência desses equipamentos, principalmente nos últimos 10 anos, a partir da concessão do Selo Procel. Nesse período, a eficiência dos refrigeradores apresentou 22% de aprimoramento enquanto os combinados do tipo convencional atingiram 16% e combinados frost-free 23%. Outra conclusão importante diz respeito à diferença da eficiência energética entre equipamentos com e sem Selo Procel, chegando a 14%, 18% e 21% para refrigeradores, combinados e combinados frost-free respectivamente. Estudos adicionais puderam ser realizados quanto à degradação da eficiência energética desses aparelhos, confirmando um aumento no consumo de eletricidade e indicando potencial importante de conservação para substituições dos aparelhos antigos, com mais de 11 anos, que atingiu no projeto piloto um incremento no consumo de 21 kWh/mês em média por refrigerador, cerca de 33% maior que o consumo dos refrigeradores novos.