Dinâmica e análise do crescimento, dos vazios e das áreas verdes urbanas de Atibaia, SP.

Abstract

Este trabalho visou compreender a evolução do crescimento urbano, das áreas verdes e dos vazios urbanos bem como as relações entre eles existentes, utilizando como estudo de caso a cidade de Atibaia, SP. Para isso, foram reunidas imagens aéreas e orbitais multitemporais (1962, 1972, 1978, 1995 e 2009) que foram georreferenciadas e sobre as quais se delimitaram as manchas urbanas, as áreas verdes e os vazios urbanos, formando uma base de dados que puderam ser comparados quantitativa e espacialmente ao longo do tempo, por meio de índices, gráficos, tabelas e mapas gerados com SIG. Os resultados indicam que a mancha urbana cresceu de 12,4 para 36,6 km² no período estudado (1962 a 2009), direcionada pelas rodovias e avançando sobre os mananciais de água. Os vazios urbanos representavam 67,4% da mancha urbana em 1962 e 21,3% em 2009, sinalizando adensamento urbano; contudo, muitos vazios urbanos permanecem nesta situação durante décadas devido a especulação imobiliária. Por outro lado, no período estudado, as áreas verdes aumentaram em quantidade (0,17 para 1,66 km²) e porcentagem (1,37 para 4,52%); entretanto, o índice de áreas verdes (IAV) que era de 15,2 m²/hab em 1962 aumentou para 24 m²/hab em 1972 e diminuiu para 13,9 m²/hab em 2009. Foi registrado intenso surgimento e supressão de áreas verdes na mancha urbana, transformações maiores do que as registradas com os vazios urbanos; contudo a supressão dessas áreas ocorre nas regiões mais urbanizadas (centrais) e o surgimento se dá nas zonas de expansão.