Resumo:
As interrupções no fornecimento de energia elétrica são frequentes e quase 70% das empresas têm prejuízos com essas falhas, conforme estudo apresentado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI, 2016). Sendo assim, esse trabalho buscou avaliar, de uma maneira geral, a qualidade no fornecimento de energia elétrica por meio da avaliação dos indicadores de continuidade coletivos DEC (Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora) e FEC (Frequencia Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora), ao longo do período de 2005 a 2016, considerando o Brasil e cinco companhias de distribuição de energia elétrica, sendo a Companhia Energética de Minas Gerais (CEMIG-D), Companhia Paranaense de Energia-Distribuição (COPEL-DIS), Celg Distribuição S.A. - CELG -D, Centrais Elétricas do Pará S/A (CELPA) e Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (COELBA), associada à influência do pagamento das compensações aos consumidores que mesmo sendo um valor razoavelmente alto, em milhões de R$, não provocou uma redução significativa dos indicadores apurados. A partir da estimativa do custo da interrupção (R$/kWh) para o setor industrial foi possível avaliar o quanto as interrupções de energia elétrica custam para os consumidores. Comparando ao custo que as concessionárias têm com o pagamento das compensações aos consumidores, que não chegam aos R$ 100 mi, devido às transgressões dos limites dos indicadores individuais, o custo da interrupção para o consumidor é muito maior, ultrapassando os R$ 300 mi.