Resumo:
O mercado farmacêutico passa por profundas alterações desde a promulgação da Lei 9.787, também conhecida como Lei dos Genéricos, e de uma alteração na economia mundial, com a migração da fabricação dos insumos farmacêuticos para países como a China e a Índia. Os medicamentos passaram a ter um comportamento de produtos de comparação ou mesmo de conveniência, gerando alterações em toda a cadeia logística das empresas deste ramo de negócios. As cadeias logísticas das indústrias farmacêuticas passaram a ser cobradas pela velocidade de reposição de suas mercadorias, e a falta delas acarretou em perda de vendas, uma vez que o consumidor passa a buscar o princípio ativo e não mais o produto com o nome de fantasia do laboratório fabricante. Assim sendo, considerando como sendo a “falha crítica” de todo o processo produtivo o não faturamento do produto solicitado pelo cliente na data combinada, chegando ao objetivo deste trabalho: analisar, individualmente, as falhas ocorridas (o não faturamento do produto solicitado pelo cliente na data planejada) numa indústria farmacêutica, através do estudo das causas e os departamentos que deveriam ter atuado para a não ocorrência destes fatos, analisando o processo produtivo da empresa como uma cadeia logística, com seus clientes e fornecedores internos, estudado as interações e responsabilidades de forma departamentalizada e integrada, para determinação das falhas setoriais e as falhas surgidas nos “hiatos” entre os departamentos. Para isto foi realizada uma pesquisa-ação, onde foi estudado o fluxograma do processo produtivo, desde a chegada do pedido, gerado pela área Comercial, passando pelo PCP, Produção, Almoxarifado e Expedição, além das áreas de suporte, tais como Manutenção, TI, Logística e Compras. Para todo cancelamento de produto ocorrido foi estudado o motivo, possibilitando o levantamento de vários fatores. As causas das falhas serviram de orientador para as ações propostas, visando minimizar tais ocorrências. O ambiente foi limitado às fronteiras da empresa, uma vez que negociações com parceiros externos deverão ser desenvolvidas seguindo a orientação estratégica da empresa, coisa que foge do escopo do trabalho, mas que não devem ser esquecidas.