Análise do Processo Erosivo no loteamento Paraíso – Itajubá – MG.

Abstract

Para o melhor entendimento dos processos erosivos em áreas de expansão urbana há a necessidade de se conhecer as características físicas da área e a maneira como ocorreu sua ocupação. Por essa razão, este trabalho avaliou o processo erosivo instalado no Loteamento Paraíso, localizado na cidade de Itajubá – MG, a fim de identificar as possíveis causas da ocorrência do mesmo e propor medidas de mitigação. Para o desenvolvimento do trabalho foram levantadas informações referentes ao loteamento; coletadas amostras de solo para análise em laboratório; realizados ensaios a campo; e utilizado o Sistema de informações Geográficas e o Plano Diretor de Itajubá para análise das declividades do terreno e geração de documentos cartográficos. Os resultados das análises físicas indicaram maior porcentagem de frações de silte nos pontos do manto de alteração mais próximos da superfície (A1, A2 e A3) e de areia nos pontos inferiores do manto de alteração (A4 e A5). Conforme a classificação da EMBRAPA (1979), o ponto A5 foi identificado como arenoso e, segundo a classificação proposta por Araujo e Campos (2013), os pontos A3, A4 e A5 se classificam como muito erodíveis. Por meio da carta de declividade do loteamento verificou-se que mais de 40% da área apresenta declividade superior a 30%, a qual é restritiva à ocupação. E para a minimização dos processos erosivos no loteamento seriam necessárias medidas de contenção da água e do solo e por fim, a recomposição das áreas erodidas com solo de área de empréstimo, solo do ponto A1 ou ainda entulho. Em relação à voçoroca da Rua Oito verificou-se que para sua recomposição seriam necessários cerca de 2.910 caminhões de 5m³ de solo, a um custo de aproximadamente R$ 203.700,00. Por fim, segundo informações obtidas, a implantação do loteamento não ocorreu de maneira correta, de modo que os fatores físicos da área contribuíram para a formação do processo erosivo, mas a ocupação do loteamento também representou um fator agravante.