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Caracterização dos fluxos de umidade sobre o sudeste do brasil: clima presente e futuro.

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dc.creator PENNA, Ana Caroline
dc.date.issued 2017-08
dc.identifier.citation PENNA, Ana Caroline. Caracterização dos fluxos de umidade sobre o sudeste do brasil: clima presente e futuro. 2017. 113 f. Dissertação (Mestrado em Meio Ambiente e Recursos Hídricos) – Universidade Federal de Itajubá, Itajubá, 2017. pt_BR
dc.identifier.uri https://repositorio.unifei.edu.br/jspui/handle/123456789/1963
dc.description.abstract O estudo sobre o comportamento climático do transporte de umidade sobre a América do Sul é de extrema importância, uma vez que o mesmo está associado à períodos chuvosos e de seca podendo interferir em setores como a biodiversidade, agropecuária, economia e atividades humanas em geral. Diversos estudos mostram que as regiões da América do Sul são vulneráveis às mudanças climáticas, e nesse contexto as perturbações no sistema climático interferem no comportamento do transporte de umidade, podendo causar um aumento na ocorrência de eventos extremos e interferindo, por exemplo, na disponibilidade de água. O Sudeste do Brasil se enquadra como sendo uma região em que o estudo sobre as projeções climáticas do transporte de umidade é de suma importância, uma vez que é um pólo econômico e a região mais populosa do país, possuindo grandes reservatórios hídricos para abastecimento da população e geração de energia elétrica. Os resultados das projeções climáticas para essa região podem auxiliar em medidas de adaptação e mitigação, diminuindo a sensibilidade quanto às mudanças no clima. Nesse contexto, a caracterização do transporte de umidade do clima presente (1971-2000), futuro próximo (2041-2070) e futuro distante (2071-2100) sobre a AS, com especial enfoque sobre o SEB, foi feita através da análise de 21 Modelos de Circulação Geral (MCGs) presentes no Coupled Model Intercomparison Project Phase 5 (CMIP5) e dos dados de reanálise do 20CRv2c. As projeções climáticas dos 21 modelos utilizados foram avaliadas para quatro cenários de forçantes climáticas: RCP 2.6, RCP 4.5, RCP 6.0 e RCP 8.5. O enfoque foi dado para as projeções do futuro distante, já que o sinal das mudanças apresenta uma maior magnitude. As análises foram realizadas com base em médias sazonais do cálculo do transporte de umidade integrado verticalmente. Avaliando-se a média do conjunto de MCGs identificou-se que as simulações representaram bem o transporte de umidades bem como os principais sistemas meteorológicos de escala sazonal atuantes na AS, porém alguns vieses foram observados. De maneira geral a intensidade do transporte de umidade é subestimada ao longo da AS em todas as estações do ano. Os modelos subestimam a convergência de umidade principalmente sobre a região dos Andes, bacia Amazônica, Sul e Sudeste do Brasil. Já a divergência de umidade é subestimada principalmente sobre a costa do Nordeste do Brasil e Oceano Atlântico adjacente, Chile e Oceano Pacífico próximo à costa chilena. Em relação ao SEB, em todas as estações do ano, a maior inserção de umidade se dá pela borda leste, indicando que a principal fonte de umidade para a região é o Oceano Atlântico Sul. Além disso, os MCGs representam bem o sentido do fluxo de umidade ao longo dos limites laterais do SEB, porém subestimam consideravelmente o saldo do fluxo de umidade. Analisando as projeções climáticas ao longo da AS, as regiões de convergência (divergência) de umidade se mostram ainda mais convergentes (divergentes) até o fim do século. Além disso, o transporte de umidade se mostrou mais intenso em cenários futuros. Adendo a esses resultados verificou-se que os valores de umidade integrados verticalmente ao longo dos limites laterais do SEB serão maiores, concomitantemente a um maior fluxo de umidade para a região quando comparado ao clima presente. As projeções também indicam que os meses de verão continuam a serem os que possuem a maior quantidade de fluxo de umidade na região, porém o maior aumento percentual deste parâmetro será durante os meses de inverno. Levando em conta o desempenho de cada MCG, foi considerada a separação dos mesmos por tercis que melhor e pior simularam o clima atual, sendo compostos então cada tercil por sete modelos. Para cada estação do ano uma gama diferente de modelos compunham os tercis. De maneira geral, as projeções das médias dos modelos que tiveram a melhor simulação (primeiro tercil), indicam que o aumento do fluxo de umidade sobre o SEB é ainda maior quando comparado à média do conjunto de 21 modelos. Em contrapartida, as projeções das médias do terceiro tercil (modelos de pior simulação) indicam que, contraditoriamente, ocorrerá uma diminuição no fluxo de umidade. Dessa forma, pode-se dizer que esses modelos acabam por subestimar o fluxo de umidade projetado pela média de todo o conjunto. Por fim, é possível concluir que em um cenário de mudanças climáticas o transporte de umidade sobre o SEB será maior até o fim do século. pt_BR
dc.language.iso pt_BR pt_BR
dc.title Caracterização dos fluxos de umidade sobre o sudeste do brasil: clima presente e futuro. pt_BR
dc.type Dissertação pt_BR
dc.place Itajubá pt_BR
dc.pages 113 p. pt_BR
dc.keywords.portuguese transporte de umidade pt_BR
dc.keywords.portuguese Sudeste do Brasil pt_BR
dc.keywords.portuguese mudanças climáticas pt_BR
dc.keywords.portuguese CMIP5 pt_BR
dc.keywords.english transport of humidity pt_BR
dc.keywords.english Southeastern Brazil pt_BR
dc.keywords.english climate change pt_BR
dc.keywords.english CMIP5 pt_BR
dc.orientador.principal TORRES, Roger Rodrigues
dc.place.presentation Universidade Federal de Itajubá pt_BR
dc.pg.programa Meio Ambiente e Recursos Hídricos pt_BR
dc.pg.area Meio Ambiente e Recursos Hídricos pt_BR
dc.date.available 2019-06-13T17:31:59Z
dc.date.accessioned 2019-06-13T17:31:59Z
dc.publisher.department IRN - Instituto de Recursos Naturais
dc.publisher.program Programa de Pós-Graduação: Mestrado - Meio Ambiente e Recursos Hídricos


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