Resumo:
Este estudo tem como objetivo apresentar uma comparação entre o desempenho energético das lâmpadas fluorescentes compactas – LFC contempladas pelo Programa do Selo Procel Eletrobras, e as LFC contempladas por outros dois programas de informação aos consumidores sobre o desempenho energético de equipamentos através de etiquetas/selos de endosso, o Norte Americano Energy Star e o Australiano Equipment Energy Efficiency – E3. Esse estudo se torna relevante uma vez que, somente no ano de 2011, o uso de LFC com o Selo Procel Eletrobras proporcionou ao País uma economia de energia da ordem de 1.900 milhões de kWh (PROCEL, 2012), o que corresponde a cerca de 30% de toda a energia economizada pelas ações do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica - Procel naquele ano.
Durante o estudo, identificou-se que desde o início do programa do Selo Procel Eletrobras, em 1999, até o ano de 2011, a média geral dos índices de eficiência energética das LFC evoluiu significativamente, saindo da marca de 49,2 lm/W para 61,0 lm/W nos modelos de 127V e de 49,1 lm/W para de 60,7 lm/W nos modelos de 220V.
Verificou-se também que, em 2011, as médias gerais dos índices de eficiência energética das lâmpadas contempladas pelos programas do Selo Procel Eletrobras, Energy Star e Equipment Energy Efficiency estavam muito próximas, com uma diferença máxima entre eles de 1,36%. O programa Energy Star foi o que apresentou as lâmpadas com a maior média geral de eficiência, com o índice de 61,64lm/W, seguido pelo E3, com 60,97 lm/W e pelo Selo Procel com 60,80lm/W. Essas informações indicam que não há necessidade atual de revisão de índices de eficiência energética visando o incremento das exigências para a concessão do Selo Procel Eletrobras para as LFC. Um incremento de exigências poderia de fato, ao invés de proporcionar o aumento na venda de modelos de LFC mais eficientes, estimular a procura por modelos menos eficientes, porém com menores custos.