Resumo:
Alguns compostos tóxicos apresentam resistência à degradação por tratamentos de efluente usuais. Por isso, há o esforço pelo desenvolvimento de novos métodos capazes de resolver este problema. Assim, estudou-se a utilização de ferritas mistas de cobalto e manganês na degradação do fenol. O método de síntese das ferritas escolhido foi o citrato precursor (Pechini) sob diferentes temperaturas de calcinação em atmosfera oxidante. Para a caracterização dos pós, empregaram-se difratogramas de raios X (DRX), magnetômetro de amostra vibrante (VSM), microscopia eletrônica de varredura (MEV), espectroscopia por energia dispersiva (EDS), analisador de área superficial (BET) e análise térmica (TG/DTA). As ferritas cristalizaram em estrutura espinélio similar às estruturas de CoFe2O4 e MnFe₂O₄, mas em algumas amostras surgiram as fases α-hematita e bixbyite. O emprego como catalisadores em reação foto-Fenton resultou em 100% de remoção do contaminante em 45 minutos para a ferrita Co₀,₇₅Mn₀,₂₅Fe₂O₄ calcinada a 400 °C, sob exposição à irradiação ultravioleta (365 nm) e pH 2,5, um bom resultado de catálise comparado à literatura.