Resumo:
Atualmente, tem se valorizado cada vez mais o conhecimento como elemento de inovação e desenvolvimento socioeconômico. Por esta razão e pela crescente necessidade das empresas se manterem competitivas no mercado, principalmente através do desenvolvimento de novos produtos e tecnologias, tais organizações têm visto nas universidades uma possibilidade de transferência de conhecimento e tecnologia para criar inovação e com isso possibilitar a geração de propriedade intelectual, em especial sob a forma de patentes. Embora a geração de patentes represente mais uma característica do setor produtivo, muitas universidades vêm demonstrando interesse nesta questão e até chegaram a desenvolver políticas próprias para definir a posse de propriedade intelectual quando em acordos de cooperação com empresas. Nesta pesquisa, entretanto, através de um estudo de caso, analisou-se uma empresa de grande porte que apresenta um histórico considerável de relacionamento com universidades a fim de verificar como ela define a política de patentes, já que existem conflitos de interesses entre os dois setores. A empresa selecionada foi o Laboratório Farmacêutico Cristália, em que se constatou que muitas das suas práticas de relacionamento estão em conformidade com a teoria. O principal ponto observado é que por já realizar o relacionamento há bastante tempo e possuir uma estrutura formalizada para articular o processo com as universidades, os conflitos já foram minimizados. Para trabalhos futuros, sugere-se, entre outras sugestões, comparar a realidade de empresas de outros países, sob este contexto, com empresas nacionais.