Resumo:
Com o passar dos anos, divulgar a ciência vem representando uma das principais preocupações de muitos órgãos governamentais, pois é através dela que a maioria da população tem acesso aos conhecimentos científicos e tecnológicos que lhes permitirão maior criticidade frente aos problemas sociais, ambientais ou econômicos, atingindo, portanto, certa responsabilidade e autonomia com o seu entorno. Nesse sentido, investigar meios de divulgar a ciência através de uma educação não-formal, em espaços como museus de ciência e exposições itinerantes, tornou-se o objetivo de muitos pesquisadores da área de Ensino de Ciências. Pensando nisso, o presente trabalho levou duas exposições itinerantes aplicadas em duas escolas públicas do interior do estado de São Paulo, sendo que, em cada uma delas alunos oriundos de turmas de 8° ano e 9° ano do Ensino Fundamental tiveram acesso a diversos experimentos que abordavam conceitos científicos. As exposições foram gravadas em vídeo e as gravações foram analisadas segundo a teoria sociointeracionista de Vigostki, constructos de Wertsch (1984) e as categorizações das emoções propostas por Monteiro e Gaspar (2007), com o objetivo de investigar as emoções apresentadas pelos alunos e o processo interativo ao participarem das exposições itinerantes no espaço escolar.