Resumo:
Traçando um paralelo entre o Programa de Pós-Graduação e uma Organização Empresarial, o Coordenador do Programa de Pós-Graduação assume o papel de um Escritório de Gerenciamento de Projetos dentro do programa no qual atua. Os projetos a serem gerenciados são as dissertações e teses a serem defendidas, na qual cada uma tem seu gerente de projeto e equipe de trabalho (orientador, aluno, técnico, docente, secretaria). Nesse cenário, o coordenador necessita gerenciar, de modo geral, os múltiplos projetos que estão sendo desenvolvidos concomitantemente em seu programa para garantir o sucesso do seu curso e satisfazer as exigências de seu cliente, no caso a CAPES, que avalia os programas a partir de critérios previamente definidos. Diante desse cenário foram identificadas funções do PMO e comparadas às funções dos coordenadores dos PPGs. O objetivo desse estudo foi avaliar as funções de PMO desempenhadas pelos coordenadores dos Programas de Pós-graduação e seu impacto no conceito CAPES. Na fundamentação teórica foram identificadas 37 funções, sendo essas submetidas ao método de pesquisa survey utilizando como instrumento um questionário autoadministrado. A primeira análise quantitativa identificou que existe correlação entre algumas funções, sendo utilizado o PLS, que resultou na classificação ordenada das funções dos coordenadores, por categorias de maior importância, neutra e menor importância, em relação ao conceito CAPES. Posteriormente, os resultados estatísticos foram analisados por especialistas culminando em 39 funções ordenas e classificadas, sendo algumas reescritas. Dependendo da estrutura organizacional algumas destas funções podem ser delegadas a secretaria exclusiva do programa de pós-graduação. Os resultados orientam uma autoanalise dos coordenadores, além de permitir que os regulamentos que definem as funções dos coordenadores sejam revistos.